Como promover a inclusão digital do aluno-normalista, fazendo com que ele compreenda a importância e os benefícios do uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) como ferramentas de ensino? Essa tarefa – um tanto quanto desafiadora – é tema do Escola.com CIÊNCIA.
A proposta do projeto, que foi finalista do Prêmio Microsoft Educadores Inovadores 2007, é implementar as atividades da disciplina de Informática Aplicada à Educação com a elaboração das chamadas Oficinas de Ensino, coordenadas pelos alunos do Ensino Normal. Essas Oficinas atingem dois públicos alvos: estudantes do Ensino Normal e os chamados alunos convidados, do Ensino Fundamental, Médio ou EJA (Educação de Jovens e Adultos).
No meu trabalho, não só envolvi as TIC nas atividades como também instiguei os alunos-normalistas a elaborarem e desenvolverem atividades de aula com seus futuros alunos.
resume Cláudia de Almeida Pires, professora e coordenadora do Escola.com CIÊNCIA.
A inovação
O projeto tem sua atenção voltada ao trabalho com estudantes do Ensino Normal. “O diferencial existente neste aluno é que você se vê atuando não apenas diante de alunos, mas também diante de futuros professores. Então, você não trabalha simplesmente conceitos, mas sim o ‘como’ esses conceitos podem ser aplicados”, explica Cláudia.
João dos Santos Lima, aluno do 4° ano do Ensino Normal Médio pelo Colégio Normal Estadual de Afogados da Ingazeira (PE), é um dos envolvidos no projeto e participa na aplicação de atividades das Oficinas. Para ele, a tecnologia é uma forte aliada da educação, pois torna as aulas mais atrativas e forma cidadãos críticos e ativos, especialmente no caso de futuros professores.
“Desde que isso seja feito de forma pedagógica e que os alunos possam aprender muito com essa ‘união’”, ressalta. ”Gosto muito de desenvolver atividades com o computador, pois é ótimo ver o entusiasmo com que os alunos trabalham”.
Os resultados
O ponto principal observado pela coordenadora do projeto é o desempenho dos diversos atores envolvidos nas atividades, o que, segundo ela, potencializou a dinâmica de atuação.
“Durante as Oficinas, o professor convidado assume o papel de aprendiz na medida em que vê, na prática, como os recursos tecnológicos podem ser utilizados, e atua como avaliador de uma nova metodologia de atuação pedagógica. Esta é uma dinâmica por si só ousada!”.
Para valorizar ainda mais o potencial criativo do aluno normalista, Cláudia faz com que eles mesmos proponham os temas das Oficinas. “Isso faz com que eles tentem buscar assuntos voltados para os diferentes interesses das crianças com quem vão trabalhar. Por isso, temos Oficinas dos mais diversos temas, relacionadas à saúde, cultura, esportes, entre outros”.
Ainda que tenha como público alvo principal os alunos-normalistas, o Escola.com CIÊNCIA pode ser adaptado a outros estudantes. A professora explica que isso não mudará a sua essência. “Ele pode e deve ser adaptado. O que vai mudar é o papel dos professores envolvidos que, nesse possível formato, teriam que formular os objetivos da aula e os conteúdos abordados”.
Quanto ao futuro do Projeto, a inovadora Cláudia sabe o que quer, mas não faz planos. “Quero levar minhas idéias ao curso superior. Mas eu adoro o novo! Posso mudar de posicionamento e estou sempre aberta a novas experiências”, finaliza.
Reportagem: Adriana de Souza
Fotos: Arquivo pessoal/ Paulo Pepe/ divulgação
Matéria original publicada no site da Microsoft Educação.
Para saber mais sobre o Escola.com Ciência, conhecer outros projetos finalistas ao Prêmio Microsoft Educadores Inovadores visite o Blog Ponto de (Re)Encontro.
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